Passei o dia de hoje pensativa. Acordei nesse dia 25 de Julho de 2017, uma terça-feira, com a notícia do falecimento de um jornalista apresentador âncora de um jornal o qual assisto com minha família todos os dias. Eu não o conhecia pessoalmente, eu não sabia mais nada a seu respeito como um cidadão. Só o via de terno, pela televisão, dando as notícias do dia. Era para ser só mais alguém que estamos acostumados a assistir diariamente. Mas com a notícia de que não o assistiríamos mais, vi que não era bem assim.
Descobri que não só eu, mas como todos os que assistem ao jornal em Minas Gerais, tinham acolhido esse âncora como alguém da família. Não só ele, mas também todos aqueles que entram em nossas casas diariamente e nos fazem companhia de alguma forma. São pessoas que nem sabem quem está do outro lado da tela, mas que acabam fazendo parte do dia-a-dia de milhares de espectadores. Ninguém imaginava acordar com essa notícia. Ninguém sabia quando era a última vez que ele estava participando do almoço de milhares de pessoas enquanto elas almoçavam. Mas a notícia chegou junto com o dia, e com ele aquela sensação de como a vida realmente é um sopro, um segundo. O vazio da ausência de alguém que a maioria das pessoas nem sequer conhecia pessoalmente e a comoção que isso gerou ao longo do dia me fez pensar como que muitas vezes só damos valor a alguma coisa quando a perdemos. É assim com tudo, é assim sempre que algo perde o primeiro plano para a correria, para as redes sociais, para o trabalho, para o "depois". Saber que não veremos mais o apresentador do jornal de todos os dias já tocou os sentimentos de muita gente. Imagina então perder algo ou alguém ainda mais próximo, importante, ainda mais caro sentimentalmente falando?
Portanto, pelo menos para mim, penso que o falecimento do jornalista Artur Almeida, tão querido pelos mineiros, trouxe tristeza e consternação, mas também trouxe a lembrança de que a vida é um bem precioso que temos. O passado já se foi, o futuro nem chegou e o presente é o que temos em mãos para fazermos de nossas vidas o que quisermos. Cada dia mais vejo a importância de se aproveitar cada momento, cada pessoa, cada fase em que vivemos. As fases mudam, as pessoas podem ir e vir de nossas vidas, então o que fazer senão curtir cada segundo de tudo o que nos é oferecido diariamente?
Li em um livro que nossos espíritos são eternos e que estamos nessa vida para evoluirmos. Então que sejam eternos também as impressões e ensinamentos que deixamos como legado. Que seja eterna a arte de ser agradecido por tudo o que se tem. E que seja eterna a nossa capacidade de aprender e de tirar de cada situação, seja ela boa ou ruim, a lição necessária para se aprender a viver. Se você abriu os olhos de manhã, é porque foi lhe dado um novo "presente". Use-o bem, aproveite-o com sabedoria e faça nele alguma coisa que contribua para que fique um bom exemplo para a eternidade.
Uma homenagem ao jornalista Artur Almeida, que partiu hoje dessa vida nos mostrando como ela é passageira, mas que deixou para a eternidade o exemplo do bom profissionalismo e da seriedade. Que Deus conforte os corações dos familiares.
Um texto para refletirmos sobre a vida. Linda homenagem ao jornalista Arthur Almeida.
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